A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Tocantins deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29), a Operação Serras Gerais, com o objetivo de desarticular um esquema interestadual ligado ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. A operação teve desdobramentos no Pará, onde foram cumpridos mandados nos municípios de Xinguara e Itaituba.
No estado paraense, três mandados de prisão foram expedidos. Dois deles eram direcionados a irmãos residentes em Xinguara, suspeitos de fornecer apoio logístico à quadrilha. De acordo com as investigações, eles teriam construído pistas de pouso clandestinas em uma fazenda no município de Almas, no Tocantins, para facilitar a chegada de aeronaves carregadas com cocaína. Ambos seguem foragidos. Um deles chegou a ser abordado pela Polícia Militar em abril do ano ado, transportando galões de combustível — episódio que deu início às investigações.
O terceiro mandado foi cumprido em Itaituba, onde um piloto foi preso e uma aeronave, apreendida. Além disso, foram executados três mandados de busca e apreensão no estado, nas mesmas cidades.
Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa era composta por integrantes de duas grandes facções — cujos nomes não foram divulgados — e utilizava tanto empresas reais quanto de fachada, incluindo construtoras, para ocultar a origem ilícita dos recursos. O esquema envolvia um núcleo financeiro e logístico estruturado para dar e ao tráfico de drogas.
Durante a operação, foram apreendidas propriedades rurais na região das Serras Gerais, no Tocantins, usadas como base logística, além de caminhões, carretas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações. A Justiça também determinou o bloqueio de bens pertencentes a 35 pessoas físicas e jurídicas, totalizando mais de R$ 64 milhões.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico de drogas.
Fonte: PFPA